Prazos IRS: qual a data que se segue à validação de faturas?

Terminou o prazo para a validação das faturas. Agora, o próximo prazo a teres em consideração é o dia 15 de março. Fonte: Idealista News

A entrega da declaração de IRS só começa no dia 1 de abril de 2024, contudo, é essencial estares a par dos prazos e procedimentos necessários para cumprires os requisitos legais. No passado dia 28 de fevereiro, terminou o prazo para a validação das faturas. Agora, o próximo prazo a teres em consideração é o dia 15 de março.

  1. Prazo IRS: o próximo passo a anotar
    1. Consulta dos montantes das deduções à coleta – entre 15 e 31 de março
    2. Deduções IRS: verificação através do Portal das Finanças
    3. Deduções à coleta: o que são?
    4. Prazos IRS 2024: importância da preparação antecipada

Prazo IRS: o próximo passo a anotar

Uma vez terminada a validação de faturas no portal e-fatura, chegou a altura de saber qual o passo seguinte e que poderá influenciar o teu reembolso do IRS:

Consulta dos montantes das deduções à coleta – entre 15 e 31 de março

A partir do dia 15 de março até 31 de março, os contribuintes têm a oportunidade de consultar as despesas consideradas para efeitos de deduções à coleta e as despesas gerais familiares.

É durante este período que podes verificar não apenas as faturas constantes no e-Fatura, mas também as despesas comunicadas à Autoridade Tributária (AT) por outras entidades. Estas despesas incluem uma variedade de gastos, tais como:

  • Propinas de universidades
  • Taxas moderadoras
  • Juros de crédito à habitação
  • Entre outras despesas

Deduções IRS: verificação através do Portal das Finanças

Prazos IRS: qual a data que se segue à validação de faturas?

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Podes verificar estes valores através do Portal das Finanças, onde também é possível aceder a outros gastos provenientes de entidades que estão dispensadas de passar faturas.

Um exemplo comum são as propinas de estabelecimentos de ensino público ou as rendas da casa. Este processo de consultares as despesas é crucial para garantires que todas as despesas elegíveis sejam devidamente consideradas na tua declaração de IRS.

Deduções à coleta: o que são?

Prazos IRS: qual a data que se segue à validação de faturas?

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As deduções à coleta IRS constituem num conjunto de despesas passíveis de serem abatidas ao imposto devido pelo sujeito passivo de IRS (coleta). Nas deduções à coleta existe um limite global, calculado com base no rendimento e estrutura do teu agregado familiar.

Prazos IRS 2024: importância da preparação antecipada

antecipação e a preparação adequada são fundamentais quando se trata de cumprir os prazos e requisitos do IRS. Ao consultares as despesas e garantir que todas estão devidamente registadas e documentadas, podes maximizar as suas deduções fiscais e evitar potenciais erros ou omissões na sua declaração.

Além disto, estar atento aos prazos para IRS estabelecidos é crucial para evitares multas ou penalidades. Manteres-te informado sobre os prazos e procedimentos estabelecidos pode ajudar-te navegar pelo processo de entrega da declaração de IRS com confiança e eficiência.

Prestações da casa só vão descer em junho quando BCE cortar juros

Presidente do BCE diz que junho é chave para falar sobre cortes dos juros. Especialistas admitem que Euribor caia para 3% em 2024. Fonte: Idealista News

O arranque de 2024 trouxe boas notícias para as famílias que estão a pagar crédito habitação em Portugal, já que houve ligeiros alívios nas taxas Euribor em janeiro. Mas no mês seguinte o recuo da Euribor foi interrompido nos prazos mais longos, gerando mesmo pequenas subidas nas prestações da casa. Por detrás desta oscilação da Euribor está a resistência do Banco Central Europeu (BCE) em discutir os primeiros cortes da sua taxa de refinanciamento, que voltou a fixar-se em 4,5% na reunião desta quinta-feira. É neste contexto que os mercados financeiros estão a adiar os primeiros cortes dos juros do BCE para junho, altura em que é esperada uma maior descida da Euribor e, por conseguinte, das prestações da casa. Também Christine Lagarde, presidente do BCE, apontou junho como “mês chave” para discutir cortes das taxas.

  1. Euribor subiu nos prazos mais longos em fevereiro
    1. Porque é que a Euribor está a oscilar?
  2. Quando vai descer a Euribor? Só quando houver cortes dos juros do BCE
    1. Taxa de refinanciamento pode descer até aos 4% em 2024
  3. Euribor deverá terminar 2024 em torno dos 3%
  4. As próximas reuniões do BCE

Euribor subiu nos prazos mais longos em fevereiro

Em reação às sucessivas manutenções das taxas de juro diretoras pelo BCE desde outubro, as taxas Euribor começaram a descer no final de 2023. Estas ligeiras quedas das taxas de referência mais utilizadas nos empréstimos habitação em Portugal ajudaram a que houvesse algum alívio nas prestações da casa até janeiro de 2024, tal como revelam as simulações do idealista/créditohabitação.

Mas este recuo da Euribor perdeu força em fevereiro, observando-se mesmo uma subida nos prazos a 6 e 12 meses e uma ligeira descida do prazo mais curto (3 meses) para os seguintes valores:

  • Euribor a 12 meses: a média mensal subiu para 3,671% em fevereiro, mais 0,062 pontos percentuais (p.p) do que a registada em janeiro (3,609%);
  • Euribor a 6 meses: a taxa do prazo intermédio aumentou ligeiramente em fevereiro para 3,901%, mais 0,009 p.p. face a janeiro (3,892%);
  • Euribor a 3 meses: voltou a descer ligeiramente para 3,923% em fevereiro, menos 0,002 p.p. face a janeiro (3,925%). Esta foi a terceira queda desta taxa mensal.

Estes movimentos da Euribor a 6 e 12 meses em fevereiro subiram ligeiramente as prestações da casa nos créditos habitação a taxa variável contratados em março. Já o recuo da Euribor a 3 meses resultou num pequeno alívio desta despesa, mostram as simulações mais recentes. 

O que se tem sentido em Portugal é que, embora a Euribor esteja a dar os primeiros sinais de descida e haver ofertas a taxa mista mais acessíveis, as famílias continuam cautelosas em comprar casa com recurso a financiamento bancário. Aliás, segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP), o montante de novos empréstimos da casa diminuiu pelo segundo mês consecutivo, fixando-se em 1.185 milhões de euros em janeiro.

O que também se continua a observar no nosso país é que as famílias continuam a aderir a estratégias que permitem reduzir a despesa mensal com o crédito habitação, nomeadamente através de renegociações, amortizações antecipadas ou transferência de créditos. Além disso, também continua a haver uma adesão expressiva aos vários apoios públicos disponíveis, como é o caso da bonificação dos juros e da fixação da prestação da casa durante dois anos.

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Porque é que a Euribor está a oscilar?

O abrandamento da inflação da zona euro em fevereiro para 2,6% não foi suficiente para que o BCE tivesse avançado com um corte dos juros na reunião de política monetária que decorreu esta quinta-feira, dia 7 de março. Esta é, de resto, uma decisão já antecipada pelos economistas e analistas de mercado, que têm vindo a adiar as suas previsões para os primeiros cortes de juros.

Aliás, é precisamente aqui que reside a principal razão para o facto de a Euribor estar a oscilar. “Em fevereiro, a descida da Euribor perdeu força, uma vez que os mercados têm vindo a adiar o calendário previsto para a descida das taxas de juro”, comenta David Brito, diretor-geral da Ebury Portugal, em declarações ao idealista/news. Se há algumas semanas os mercados apostavam que o primeiro corte dos juros do BCE iria ocorrer em abril, agora a hipótese mais aceite adia a descida dos juros diretores para junho.

Neste contexto, “a descida da Euribor poderá ser mais lenta do que o previsto há algumas semanas e poderemos encontrar-nos num período de estagnação, onde o indicador não sofrerá grandes oscilações”, refere ainda o diretor-geral da Ebury Portugal. Também Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal, não espera “uma descida acentuada das taxas de juro no imediato”, admitindo que “se comece a sentir maior impacto para o segundo semestre do ano”. Assim, quem está a pagar um crédito habitação a taxa variável (ou mista em período variável) não deverá esperar, para já, grandes mudanças nas prestações da casa.

Como vai evoluir a Euribor

Foto de Liza Summer no Pexels

Quando vai descer a Euribor? Só quando houver cortes dos juros do BCE

O que os especialistas de mercado não têm dúvidas é que as taxas Euribor e as prestações da casa só vão cair de forma mais expressiva, quando houver uma descida dos juros do BCE, que está agora prevista para junho. O primeiro corte da taxa de refinanciamento – que tem impacto nos créditos habitação – deverá, então, ter lugar na reunião de política de 6 de junho e deverá ser de 25 pontos base, seguido de três ou quatro descidas até ao final do ano, preveem.

Este é, agora, o cenário mais provável desenhado pelos analistas de mercado, numa altura em que o tom moderado sobre a primeira descida das taxas de juro tem marcado o discurso de Christine Lagarde. Isto porque o regulador europeu não quer aliviar a política monetária sem primeiro ter garantias de que a inflação na zona euro está mesmo a estabilizar nos 2%, o nível em que é assegurada a estabilização de preços. Além disso, o BCE continua de olhar atento para efeitos dos conflitos internacionais sobre os preços da energia, bem como para as “elevadas pressões internas” que a subida dos salários tem exercido sobre a inflação subjacente, que colocaram as previsões nos 2,6% no final de 2024 (enquanto a inflação na zona euro deverá ficar em 2,3%).

“Estamos a fazer bons progressos em direção à nossa meta de inflação e, por isso, estamos mais confiantes. Mas não temos confiança suficiente. É claro que precisamos de mais evidências e de mais dados. Saberemos um pouco mais em abril, mas saberemos muito mais em junho”, explicou Christine Largade esta quinta-feira, apontando junho como mês chave para discutir cortes das taxas.

A verdade é que a redução da inflação está a ser mais lenta que o esperado pelo BCE, com a taxa na zona euro a subir em dezembro de 2023 para 2,9%, seguindo um abrandamento até aos 2,6% em fevereiro. E os mercados têm vindo a alertar que a reta final da luta contra a inflação será provavelmente a mais difícil. Tendo em conta a “queda ainda frágil da inflação, os riscos para o BCE de cortar as taxas de juro demasiado cedo são maiores do que os riscos de as cortar demasiado tarde”, analisa Franck Dixmie, diretor Global de Investimentos em Obrigações da Allianz Global Investors.

É por isso que Lagarde tem sublinhado que é “prematuro” antecipar a redução de juros para antes do verão. Mas esta não é uma perspetiva partilhada por todos os membros do BCE. É o caso de Mário Centeno, governador do BdP, que diz ser “preferível um corte nos juros mais cedo e gradual, que mais tarde e abruptamente”, considerando uma redução em passos de 0,25 pontos percentuais uma “boa métrica”. Até porque há que olhar para o abrandamento de várias economias europeias, numa altura em que algumas já estão em recessão (não é o caso da economia portuguesa que cresceu 2,3% em 2023). Também o BCE admite que a economia europeia “continua fraca”, com as famílias a “conter gastos”, o investimento a moderar-se e as empresas a “exportarem menos”. E tudo indica que a economia vai continuar “moderada no curto prazo”, já que as projeções apontam para um crescimento de 0,6% para 2024. Só nos anos seguintes é que deverá recuperar.

Foi tendo em conta a cautela do BCE em falar do primeiro alívio da política monetária e o difícil recuo da inflação até aos 2% na fase final, que os analistas de mercado reviram as suas perspetivas de corte dos juros do BCE, adiando-o para junho (antes consideravam-no mais provável em abril). Uma vez que os dados da inflação “ainda não indicam uma trajetória clara”, KevinThozet, membro do Comité de Investimento Carmignac, não espera que “o BCE reduza as taxas diretoras antes de junho, a menos que haja um evento imprevisto significativo”. Também Franck Dixmier, da Allianz GI, aponta para um primeiro corte dos juros em junho, realçando que “a pressão sobre o BCE para reduzir as taxas de juro deverá aumentar num contexto de estagnação da atividade na zona euro, especialmente na Alemanha”.

Cortes dos juros pelo BCE

Christine Lagarde, presidente do BCEGetty images

Taxa de refinanciamento pode descer até aos 4% em 2024

Além de começar a haver consenso de que o primeiro corte dos juros do BCE vai ocorrer em junho, os especialistas de mercado também concordam que esta redução das taxas diretoras deve ocorrer de forma gradual. Isabel Schnabel, membro da comissão executiva do BCE, admitiu que quando o regulador europeu avançar com os cortes dos juros deverá “proceder com cautela, dando pequenos passos”. E Mário Centeno diz ser “totalmente favorável aos cenários de gradualismo”, uma vez que é preciso “dar tempo aos agentes económicos para se adaptarem às decisões”.

Também Carsten Brzeski, economista-chefe do ING, prevê uma flexibilização “cautelosa e gradual”, com uma descida total de 75 pontos-base em 2024. “Com o passar dos meses, acreditamos que o banco central terá menos argumentos para manter os juros onde estão, especialmente porque a manutenção das taxas de juro elevadas contribui para a limitação das condições financeiras”, disse citado pela Lusa.

O número de reduções das taxas do BCE ao longo de 2024 também foi revisto em baixa pelo mercado. Se antes eram esperadas 6 ou 7 descidas dos juros, agora estão previstas entre 3 e 4, sendo que a primeira está prevista para junho. Atualmente, “estão a ser descontadas menos de quatro reduções de 25 pontos base até ao final do ano”, indica David Brito, da Ebury Portugal.  Se a taxa de refinanciamento (que hoje está em 4,75%) recuar três vezes, descontando 25 pontos base, situar-se à em torno dos 4% no final do ano. Se houver mais uma descida, poderá mesmo terminar 2024 em 3,75%.

Euribor deverá terminar 2024 em torno dos 3%

O cenário de cortes dos juros do BCE mais tarde do que se esperava (e com menor intensidade) vai acabar por influenciar a evolução das taxas Euribor ao longo do ano. O mais provável é que a Euribor se mantenha estável nos atuais níveis (entre 3,6% e 3,9%) nos próximos tempos até que cheguem os primeiros cortes dos juros esperados em junho, indicam os analistas sem descartar oscilações na sua evolução.

Há especialistas que estão mais otimistas do que outros quanto à descida das taxas Euribor ao longo de 2024 (e no próximo ano):

  • a Ebury prevê que a Euribor possa situar-se em torno dos 3%-3,5% no final deste ano;
  • o BBVA Research vê o indicador no final de 2024 em torno dos 3,3%;
  • o CaixaBank e a Fundação Caixa Económica (Funcas) estimam que a Euribor a 12 meses rondará os 3% no fim de 2024;
  • o Bankinter acredita que a Euribor no prazo mais longo cairá para perto de 3,25% no final de 2024 e para 2,75% em 2025. 
  • o idealista/créditohabitação estima que a Euribor a 3 meses pode ficar em 3% no final do ano e descer para 2,65% após a primavera de 2025.

Os cenários mais prováveis para a descida da Euribor estão, portanto, entre 3% e 3,5% no final de 2024. Segundo as simulações do idealista/créditohabitação, tendo em conta novos empréstimos da casa de 150.000 euros (com spread de 1% e prazo de 30 anos), se a Euribor a 6 meses descer para 3,5% em 2024, significa que as prestações da casa poderão fixar-se em cerca de 760 euros – o nível em que estavam na primavera de 2023 (agora estão em 796 euros). Se a Euribor cair para 3,25%, as prestações da casa ficariam em torno dos 730 euros. E no caso de a taxa descer mesmo para 3%, as prestações fixar-se-iam nos 715 euros durante os primeiros meses do contrato.

Assim, depois de o BCE avançar com os cortes dos juros, as famílias portuguesas podem esperar uma descida progressiva da Euribor ao longo de 2024, muito embora se preveja que vá ser bem mais lenta do que a sua trajetória de subida. Enquanto nos novos créditos habitação de taxa variável vão logo refletir as menores taxas Euribor, nos empréstimos da casa existentes a descida da Euribor vai ser sentida só quando as prestações da casa forem atualizadas. “Os portugueses com crédito habitação de taxa variável que têm revisão na segunda metade do ano, observarão uma redução mais expressiva nas suas prestações mensais”, prevê Miguel Cabrita.

As próximas reuniões do BCE

O Conselho do BCE reúne-se aproximadamente de seis em seis semanas. Este é o calendário das próximas reuniões de política monetária do guardião do euro, nas quais vai anunciar as suas decisões sobre as taxas de juro diretoras:

  • 11 de abril de 2024
  • 6 de junho de 2024
  • 18 de julho de 2024
  • 12 de setembro de 2024
  • 17 de outubro de 2024
  • 12 de dezembro de 2024

IRS Jovem em 2024: o que muda e como fazer

O que muda em 2024 para o IRS jovem? Como preencher a declaração? Fonte: Idealista News

Enfrentar os desafios do mercado de trabalho para os mais jovens é uma realidade constante. No entanto, existem benefícios que não podem passar despercebidos, como é exemplo, o IRS Jovem, que proporciona descontos no imposto ao longo dos primeiros cinco anos de trabalho. Em 2024, conforme previsto no Orçamento de Estado, estão confirmados aumentos nas taxas e atualizações nos limites de isenção. Neste artigo, vamos apresentar detalhadamente essas mudanças que farão a diferença para quem está a começar a sua atividade profissional. 

  1. Como funciona o IRS Jovem em 2024?Como aderir ao IRS Jovem?IRS quais são os requisitos e quem tem direito? IRS Jovem: como fazer? O passo a passo
    1. Até quando posso entregar o IRS Jovem 2024? 
Como funciona o IRS Jovem em 2024?
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O IRS Jovem é um regime tributário especial que isenta de impostos sobre parte dos rendimentos do trabalho dependente (categoria A) e independente (categoria B) nos primeiros cinco anos de atividade profissional, sejam estes consecutivos ou intercalados. No primeiro ano de atividade, os jovens não pagam IRS, estando o rendimento isento na totalidade. Contudo, é importante estar familiarizado com os limites, cujo ponto de referência é o Indexante dos Apoios Sociais (atualmente de 509,26 euros): 
  • 100% de isenção no primeiro ano: aplicado até ao limite de 20.370,4 euros (correspondente a 40 vezes o valor do IAS);75% de isenção no segundo ano: até ao limite de 15.277,8 euros (30 vezes o valor do IAS);50% de isenção no terceiro e quarto anos: até ao limite de 10.185,2 euros (20 vezes o valor do IAS); 25% de isenção no quinto ano: aplicado até ao limite de 5.092,6 (10 vezes o valor do IAS). 
  • Feitas as contas um jovem com salário de 1.500 euros conseguirá poupar mais de 10 mil euros (10.082 euros) ao longo dos cinco anos do IRS Jovem, que se traduz num acréscimo de 5.987 euros em comparação com o sistema do ano passado. No primeiro ano, poupará 2.951 euros, no segundo ano 2.674 euros, no terceiro e quarto anos 1.782 euros. No quinto ano, por ser aplicada uma taxa mais baixa irá poupar apenas 891 euros.Como aderir ao IRS Jovem?
    utilização do portátil por jovem
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    A gestão sobre quem pode ou não aderir ao IRS Jovem fica a cargo da Autoridade Tributária, que anualmente recebe informações fiscais sobre os contribuintes elegíveis para este benefício.Quer isto dizer que não é necessário realizar qualquer procedimento específico para aderir ao IRS Jovem: a adesão é automaticamente efetuada durante a entrega da declaração de rendimentos. Consideremos, por exemplo, o caso hipotético de João, que começou a trabalhar em 2023, após a conclusão de um ciclo de estudos igual ou superior ao nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações. Ao preencher a declaração de IRS em 2024, o João deverá indicar o ano transitado como o início da sua atividade e a sua intenção de beneficiar do IRS Jovem. Mas existe alguma idade máxima para beneficiar do IRS Jovem? E quais são os restantes critérios? IRS quais são os requisitos e quem tem direito? 
    jovens bem dispostos
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    O IRS Jovem aplica-se apenas aos cidadãos com idades entre 18 e 26 anos que recebem rendimentos de trabalho dependente ou independente pela primeira vez, após o ano de conclusão do ciclo de estudos, igual ou superior ao ensino secundário. Além disso, os jovens que completaram um doutoramento até aos 30 anos também são elegíveis. Outros pontos importantes a considerar são: 
  • Para usufruir do IRS Jovem, é essencial apresentar a declaração de IRS separada da dos pais, mesmo que partilhem a mesma morada fiscal;Os jovens só podem preencher o IRS Jovem uma vez. Não é obrigatório que os cinco anos de isenção no IRS ocorram de forma consecutiva. Se trabalhares durante 1 ano e depois ficares desempregado, poderás usufruir do IRS jovem posteriormente desde que sejam respeitados os restantes requisitos, incluindo a tua idade;Jovens que tenham conciliado trabalho com os estudos estão em pé de igualdade, ou seja, podem preencher o IRS Jovem. O requisito é claro e indica que o benefício só pode ser obtido após a conclusão do ciclo de estudos.
  • IRS Jovem: como fazer? O passo a passo
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    O correto preenchimento da declaração de IRS é um passo fundamental para beneficiar do IRS Jovem. Para usufrui-lo não podes optar pelo IRS automático. A declaração dos contribuintes com idades entre 18 e 26 anos deve incluir os devidos preenchimentos nos quadros 4A e 4F do anexo A. No Quadro 4A, é necessário:
  • Indicar o Número de Identificação Fiscal da entidade patronal pagadora; Selecionar a opção “417” em “Código dos Rendimentos”. Este  é o código para indicar o IRS Jovem; Indicar o teu Número de Contribuinte em “Titular”;Apresentar os rendimentos recebidos em 2023; Elencar os valores das retenções de IRS realizadas pela entidade patronal em “Retenções na Fonte”; Em “Contribuições”, registar as contribuições para a Segurança Social; 
  • No caso de serem efetuados pagamentos de quotas sindicais, as mesmas devem ser apresentadas em “Quotizações Sindicais”. Segue-se o preenchimento do Quadro 4F, no qual deverás: 
  • Indicar o teu Número de Contribuinte em “Titular”;Indicar o ano da conclusão dos estudos, apresentando o nível de qualificação do QNQ;Em “Estabelecimento de ensino / País da conclusão” do ciclo de estudos, deves apresentar o nome do estabelecimento de ensino onde concluíste os estudos. Também pode ser necessário apresentar o código do país, para quem estudou fora de Portugal. 
  • Até quando posso entregar o IRS Jovem 2024? As datas de entrega do IRS Jovem 2024 coincidem com as datas de entrega do IRS para os restantes contribuintes. Na verdade, a entrega da declaração inicia-se a 1 de abril e prolonga-se até ao dia 30 de junho. Caso tenhas dúvidas sobre o calendário poderás contactar a Autoridade Tributária mais próxima da sua área de residência e estar atento às notificações disponíveis no Portal das Finanças. 

    Juros nos novos créditos habitação voltam a descer e fixam-se em 3,81%

    Taxa de juro média nos novos créditos da casa desceu pelo 3.º mês consecutivo. Mas montante de novos empréstimos voltou a cair. Fonte: Idealista News

    As taxas de juro contratadas nos novos créditos habitação voltaram a descer em janeiro de 2024 para uma média de 3,81%, sendo esta o terceiro recuo registado pelo Banco de Portugal (BdP). Isto está a acontecer porque, nesse mês, as taxas Euribor desceram (embora agora estejam mais instáveis). E também porque a sete em cada 10 novos empréstimos da casa continuam a ser contratados a taxa mista, que estão mais acessíveis às famílias. Ainda assim, esta tendência de descida dos juros não tem sido suficiente para aumentar o montante contratado de crédito habitação em Portugal.

    “A taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,18 pontos percentuais [face a dezembro], fixando-se em 3,81% em janeiro de 2024. Foi o terceiro mês consecutivo em que se registou uma diminuição desta taxa”, destaca o BdP na nota estatística divulgada esta segunda-feira, dia 4 de março.

    Há dois fatores que ajudam a explicar este novo recuo da taxa de juro média nos novos créditos habitação em Portugal:

    • as taxas mistas oferecidas pela banca estão mais baixas antecipando queda da Euribor (sobretudo, com juros fixos a curto prazo) e continuam a representar 71% dos novos créditos habitação própria e permanente em janeiro;
    • as taxas variáveis representaram 25% dos novos empréstimos da casa e apresentam juros ligeiramente mais baixos. Isto porque a Euribor voltou a descer em janeiro dada a manutenção dos juros do Banco Central Europeu (BCE) e as expectativas dos mercados financeiros para os primeiros cortes dos juros mais cedo do que o previsto (antes do verão) – no entanto, em fevereiro a Euribor oscilou, tendo aumentado nos prazos mais longos, perante o adiamento das previsões do mercado para os cortes dos juros do BCE.

    Apesar de a taxa de juro nos novos créditos habitação ter voltado a descer em janeiro deste ano, não se observa um aumento do valor dos novos contratos. O BdP dá nota que o montante de novos empréstimos da casa diminuiu pelo segundo mês consecutivo, fixando-se em 1.185 milhões de euros em janeiro (menos 141 milhões de euros face a dezembro).

    Esta diminuição do montante concedido em novos créditos habitação pode estar relacionada com a instabilidade política, económica e social instalada com as eleições legislativas 2024 que se vão realizar no próximo domingo, dia 10 de março. Além de os portugueses quererem esperar para ver qual o vai ser o rumo político do país, também continuam a ter o seu poder de compra pressionado, a ver os preços das casas a subir e os juros dos empréstimos da casa em níveis elevados.

    Euribor a oscilar: prestações da casa sobem ligeiramente em março

    Euribor a 6 e 12 meses subiram em fevereiro, enquanto a taxa a 3 meses desceu um pouco. Assim ficam as prestações da casa.
    Fonte: Idealista News

    Depois de ter estado a descer desde o final de 2023, o recuo da Euribor perdeu força ao longo de fevereiro, uma vez que os mercados estão a adiar os primeiros cortes dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE). E os resultados estão à vista: a Euribor está a oscilar com a taxa média mensal a 6 e 12 meses a subir ligeiramente em fevereiro, enquanto a taxa a 3 meses continuou a descer ainda que pouco. Neste contexto, quem está a pensar comprar casa com crédito habitação a taxa variável poderá pagar um pouco mais de prestação da casa em março face aos meses anteriores se optar pelos prazos mais longos da Euribor, tal como revelam as simulações do idealista/créditohabitação.

    As taxas Euribor têm dado sinais de descida desde o final de 2023, reagindo a manutenção da política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) por três reuniões consecutivas. Mas Christine Lagarde, presidente do regulador europeu, tem se mostrado cautelosa em falar dos primeiros cortes dos juros, empurrando-os para o verão, muito embora haja quem defenda que seria melhor antecipar o alívio da política monetária dado o abrandamento económico na Europa, como é o caso de Fernando Medina, ministro das Finanças, e de Márcio Centeno, governador do Banco de Portugal.

    Perante a resistência em falar de cortes do juros diretores por parte do BCE, “os mercados têm vindo a adiar o calendário previsto para a descida das taxas de juro”, o que se tem refletido na evolução da Euribor, que começou a oscilar em fevereiro perdendo força na sua rota de descida, analisa David Brito, diretor-geral da Ebury Portugal, em declarações ao idealista/news.

    Em resultado, as taxas mensais da Euribor em fevereiro subiram a 6 e 12 meses e desceram ligeiramente a 3 meses para os seguintes valores:

    • Euribor a 12 meses: a média mensal subiu para 3,671% em fevereiro, mais 0,062 pontos percentuais (p.p) do que a registada em janeiro (3,609%);
    • Euribor a 6 meses: a taxa do prazo intermédio aumentou ligeiramente em fevereiro para 3,901%, mais 0,009 p.p. face a janeiro (3,892%);
    • Euribor a 3 meses: voltou a descer ligeiramente para 3,923% em fevereiro, menos 0,002 p.p. face a janeiro (3,925%). Esta foi a terceira queda desta taxa mensal.

    “Apesar da tendência de descida, não se espera uma descida acentuada das taxas de juro no imediato. Espera-se que se comece a sentir maior impacto para o segundo semestre do ano”, aponta por seu turno Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal.

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    Crédito habitação em março: como ficam as prestações?

    Perante as oscilações das taxas Euribor em fevereiro, quem está a pensar comprar casa em março com recurso a crédito habitação a taxa variável vai pagar mais alguns euros face a quem contratou no mês anterior – isto se optar por uma taxa a 6 ou 12 meses. Mas sentirá o alívio de um euro na prestação da casa se optar pela taxa a 3 meses. É isso mesmo que revelam as simulações do idealista/créditohabitação, tendo por base um novo empréstimo habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos:

    • Crédito habitação com Euribor a 12 meses: quem avançar com o empréstimo em março de 2024 (que usa a média da Euribor de fevereiro) vai pagar uma prestação de 775 euros no primeiro ano, mais 5 euros do que quem se antecipou e avançou com o financiamento em fevereiro (770 euros);
    • Crédito habitação com Euribor a 6 meses:  a prestação da casa a pagar em março e nos cinco meses seguintes será de 796 euros, apenas um euro superior do que quem assinou o contrato em fevereiro;
    • Crédito habitação com Euribor a 3 meses: a prestação da casa será de 798 euros nos primeiros três meses do contrato, um euro inferior à prestação de quem avançou com o crédito da casa no mês anterior.

    Apesar dos recentes recuos da Euribor, as prestações da casa nos contratos assinados em março de 2024 continuam a ser superiores face a quem contratou o empréstimo habitação há um ano. A diferença é mais expressiva no caso da Euribor a 6 meses, já que a prestação da casa agora é 68 euros mais elevada do que a apurada em março de 2023 (728 euros). No caso da Euribor a 12 meses, a prestação da casa está 13 euros superior face há um ano, quando se situava nos 762 euros.

    É por isso que quem contratou um crédito habitação com a Euribor a 12 meses vai ver a prestação da casa a ser revista em alta este mês, sendo que a dimensão da subida vá depender também do capital em dívida e do ano do contrato. Já no caso dos prazos mais curtos (Euribor a 6 e 3 meses), os mutuários vão sentir um ligeiro alívio na prestação da casa na revisão de março.

    Quais os apoios para pagar as prestações da casa?

    Para as famílias que estão a pagar um crédito habitação a taxa variável e sentirem um aperto na carteira por via da revisão da prestação da casa no início do ano, há apoios públicos que continuam disponíveis, como:

    • Fixar a prestação da casa: medida dá desconto até 30% na Euribor durante 2 anos. Quem quiser beneficiar deste apoio terá de apresentar o pedido ao banco até dia 31 de março;
    • Bonificação dos juros até 800 euros por ano;
    • Suspensão da comissão de amortização antecipada;
    • Resgatar o Plano de Poupança Reforma (PRR) para amortizar o crédito habitação e pagar a prestação da casa, sem quaisquer penalizações;

    Quem não está abrangido por estes apoios, também pode optar por transferir o empréstimo habitação para outro banco ou mudar para taxa mista de forma a reduzir a prestação da casa, por exemplo.

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