Portugueses e norte-americanos mostram-se mais satisfeitos com as suas seguradoras do que britânicos e os neozelandeses. Em Espanha, consumidores queixam-se de falta de comunicação das companhias. Fonte: Idealista News
Um inquérito junto de dois mil consumidores de seguros de não Vida, em diversos países, mostra que o serviço ao cliente é, para mais de 50% dos inquiridos o fator que mais pesa no momento de comprar um seguro do que, por exemplo, o preço que pagam pelo prémio.
Uma das conclusões do estudo é que a geografia tem influência na perceção que os segurados têm das suas seguradoras. Em Portugal e nos EUA, os consumidores mostram-se mais satisfeitos com o tratamento das seguradoras do que os inquiridos no Reino Unido e na Nova Zelândia, comentou Karen Scott, Head of Insight na consultora Research in Finance.
Em Espanha, por exemplo, 95% dos consumidores de seguros queixam-se de falta de comunicação por parte das seguradoras, nomeadamente no acompanhamento de sinistros, e pedem que as companhias utilizem, por exemplo, os canais digitais para serem mais interativas na matéria. Globalmente, 37% dos consumidores consideram a experiência de compra de seguros como “muito boa,” mas a preferência pelo contacto personalizado sobrepõe-se à comunicação por email, página web ou através de chat, indica o relatório.
De facto, 64% dos espanhóis prefere contacto direto com um funcionário no momento de interagir com a seguradora. Para 53% dos inquiridos, o serviço ao cliente é o aspeto mais valorizado durante o processo de compra, seguindo-se “facilidade de compra” (22%) e “ausência de problemas” (12%). Sobre a falta de comunicação por parte das seguradoras, o estudo revela que 14% dos inquiridos, também no mercado espanhol, queixa-se de não receber informação a avisar da renovação da apólice e 1/3 dos respondentes disse não que não recebe notícias da seguradora durante um ano.
O estudo também sugere que as seguradoras aproveitem os recursos baseados em dados de forma mais eficiente. A tecnologia pode ajudar a melhorar canais de distribuição e criar interações que permitem antecipar as preferências dos clientes, nota.
Em relação a novos produtos, como é o caso dos seguros on demand(soluções desenhadas à medida, com coberturas flexíveis que podem ser ativadas ou desativadas conforme necessidade do cliente) que, considera o estudo, trata-se de oportunidade estratégica para o setor, 58% dos consumidores mostram-se interessados e o indicador sobe aos 77% entre os consumidores mais jovens.
Inflação alta, custo de vida mais caro e taxas de juro do crédito habitação a subir. Ensinamos como viver melhor neste contexto. Fonte: Idealista News
Quem tem crédito habitação, com taxa variável, beneficiou nos últimos anos de taxas de juro negativas e baixas prestações, que terão permitido aumentar a poupança e ter até um nível de vida mais elevado. Mas esta realidade está a mudar e, além das contas mais altas no supermercado, dos combustíveis mais caros e dos serviços em geral, por efeito da inflação, o valor da prestação da casa já começou a subir e tudo indica que irá aumentar ainda mais, de forma sustancial, causando um impacto no orçamento mensal. Para te ajudar a viver melhor neste contexto, apresentamos-te um conjunto de dicas de especialistas em finanças pessoais, a ter em conta.
O banco central europeu anunciou há dias que a taxa de juro de referência terá uma subida de 25 pontos em julho, contudo é importante perceber que a taxa de juro que está indexada ao crédito à habitação é a Euribor que já está em terreno positivo desde abril de 2022 (Euribor a 12 meses).
“Está tudo a ficar mais caro, com a inflação a disparar, e com a prestação da casa numa tendência de subida, é importante saber o que fazer para preparar o orçamento familiar para esta realidade”, começam por avisar as especialistas do Contas €m Dia, neste artigo preparado para o idealista/news.
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Como preparar o orçamento familiar para a subida das taxas de juro
Taxa variável ou taxa fixa? O melhor é prevenir
O primeiro passo é prevenção. Se tens crédito habitação com taxa de juro variável, indexada à Euribor, tens de parar para olhar para as tuas contas. Sim, perceber como está agora o teu orçamento familiar para perceber na pratica como, quando e quanto é que isso pode alterar as tuas contas. Se tens taxa fixa a tua prestação permanecerá inalterada.
As prestações do crédito habitação não vão subir para todos da mesma forma. Vai depender do capital que tens em dívida, o prazo, o spread que tens e qual o indexante (3, 6 ou 12 meses) que está associado ao empréstimo da casa.
Saca da calculadora e começa a fazer contas à vida
Avaliar é o segundo passo. Faz as contas de quanto podes ficar a pagar a mais e de como seriam os teus meses nesses cenários!
Cénario de exemplo: Uma família com um crédito habitação de 150.000 euros em dívida, com um spread de 1.25% e que falta aproximadamente 25 anos para terminar de pagar o crédito atualmente está com uma prestação a rondar os 500 euros e caso a Euribor atinja 1% a prestação será aproximadamente 650 euros. Um aumento de 150 euros mensais! Imagina como poderá ser se a taxa subir para 2% ou 3%.
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O valor da prestação para quem tem crédito habitação com taxa indexada sofrerá sempre alterações na periodicidade correspondente. Cerca de 25% das famílias escolheram Euribor a 12 meses como indexante, o que quer dizer que a prestação será atualizada a cada 12 meses (da data da escritura) e recalculada conforme o valor que a euribor esteja naquela data. O mesmo acontece para quem tem uma taxa variável indexada à Euribor a seis meses (historicamente a mais utilizada em Portugal e que depois de sete anos em terreno positivo, está positiva há mais de uma semana), ou a Euribor a três meses.
Ser consciente de todos (mas todos) os gastos habituais e extraordinários da família e traçar limites
Depois de perceber quanto e como esta subida pode mudar nas contas do orçamento chegou a hora de decidir o que fazer. E esse é o terceiro passo para enfrentar a subida da taxa de juro. Deixa de fazer contabilidade a olhometro e começa a ver exatamente para onde está a ir o teu dinheiro mês após mês. Deves criar um limite de gastos para todas as tuas despesas já sabendo que em tempos de inflação alta praticamente todas as despesas se tornam variáveis. Deves questionar-te: “onde é que vou gastar menos”? e “como vou conseguir poupar?”.
Plano de ataque para ter as contas organizadas e enfrentar imprevistos como a subida das taxas de juro
Foto de RODNAE Productions @Pexels
O mais importante é pores mãos à obra para que este aumento mexa o menos possível com as tuas contas! As especialistas deixam algumas sugestões práticas para enfrentar a subida da prestação da casa:
Revêr as condições do crédito habitação e dos seguros associados ao empréstimo bancário. Às vezes mudar de banco pode ser uma agradável surpresa a nível de poupança.
Ter um complemento ao ordenado. Os trabalhadores com ordenado fixo são fortemente penalizados em momentos de aumento de preços. Não é fácil negociar um aumento para fazer ajuste real ao custo de vida. Daí ter um part-time ou hobbie que traga rendimentos pode ser aquele balão de oxigénio.
Reduzir despesas supérfluas. Um estilo de vida mais caro, se não for acompanhado por um aumento semelhante dos rendimentos, pode ser o inicio de uma bola de neve, pois se não tens forma de aumentar os rendimentos, terás de reduzir as tuas despesas.
Caso tenhas poupanças (para além do fundo de emergência) com rentabilidades muito baixas podes ponderar em amortizar o teu crédito habitação para pagares menos juros.
Foto de Polina Zimmerman @Pexels
O crédito habitação é uma responsabilidade que teremos de acompanhar ao longo dos 30/40 anos e é importante perceber que os valores da prestação da casa podem alterar significativamente, tal como também têm vindo a alertar os especialistas do idealista/créditohabitação.
É importante ter o objetivo de ter as finanças pessoais organizadas de forma que estas alterações na economia tenham o menor impacto possível na economia familiar. Isto porque no final das contas queremos todos ter sempre as Contas €m Dia.
A análise dos riscos, da assistência e das novas tendências em contexto de férias será o tema principal desta webtalk ECOseguros, que pode acompanhar no dia 23 de junho, pelas 15h. Fonte: ECOseguros
que é que os viajantes mais prezam enquanto segurança? A que novos (e habituais) riscos estão sujeitos? E qual o papel dos seguradores e das empresas turísticas na mitigação destes riscos?
Estas são algumas das questões que estarão a debate na webtalk “Ir de férias em segurança: as novas tendências e os riscos do futuro”, organizada pelo ECOseguros em parceria com a Europ Assistance, e que poderá acompanhar no próximo dia 23 de junho, pelas 15h, no site do ECOseguros e Facebook do ECO.PUBLICIDADE
Partindo dos resultados da 21ª edição do Holiday Barometer, um estudo internacional realizado pela IPSOS e a Europ Assistance, estará em análise o panorama dos riscos, da assistência e dos atuais desafios em contexto de férias, quer do ponto de vista das companhias de seguros, dos players do setor do turismo, e também dos próprios segurados.
O debate será animado pela participação João Horta e Costa, Diretor Comercial da Europ Assistance Portugal, Gonçalo Rebelo de Almeida, Administrador do Grupo Vila Galé e Rui Guerreiro, Head of Affinity, SME & Digital da Aon, após uma apresentação do estudo por Maria João Matos, diretora de desenvolvimento de negócio da Europ Assistance Portugal.
Registe-se aqui e acompanhe a webtalk “Ir de férias em segurança: as novas tendências e os riscos do futuro”.
O distrate é um documento emitido pelo banco que comprova o cancelamento de hipoteca. Temos os detalhes. Fonte: Idealista News
O distrate é o documento emitido pelo Banco e que comprova que toda a dívida contraída com o mesmo se encontra saldada e, por isso, não existe lugar a exerção de qualquer direito sobre o imóvel. É, portanto, a autorização do Banco para o cancelamento de hipoteca.
Quando deve ser pedido o Distrate?
O distrate de hipoteca pode ser pedido nas seguintes situações:
Venda de Imóvel: Uma vez que irás liquidar a tua dívida antecipadamente (ao venderes o teu imóvel, a tua dívida para com o Banco será paga)
Transferência de Crédito Habitação: Liquidação antecipada da tua dívida junto desse Banco (para que seja contraída noutro Banco aquando da transferência)
Liquidação total antecipada do empréstimo de crédito habitação que deu origem à hipoteca sobre o teu imóvel
Pagamento na totalidade do empréstimo de crédito habitação no final do seu prazo
Distrate: qual o preço deste documento?
De acordo com a Lei nº 57/2020, os bancos não podem cobrar qualquer montante pelo distrate desde Janeiro 2021. Anteriormente, o custo era aproximadamente 200€.
Como solicitar o Distrate e qual o prazo?
Deverás deslocar-te junto do teu Banco para solicitares a emissão deste documento com 10 dias de antecedência da escritura.
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Para tal, deves fazer-te acompanhar da caderneta predial atualizada bem como de data, hora e local da escritura, uma vez que irá estar presente o procurador do Banco.
Protocolo APB
O Protocolo APB, (Associação Portuguesa dos Bancos) é um acordo entre quase todos os bancos que visa simplificar o processo de cancelamento de hipotecas. Por se tratar de um processo entre bancos, apenas pode ser utilizado se a hipoteca estiver constituída a favor de Banco diferente daquele que irá financiar a aquisição.
Ao ser possível optar pelo cancelamento ao abrigo do Protocolo APB:
O vendedor tem de se deslocar oa banco onde se encontra contituída a hipoteca e solicitar o Termo de Autorização, assinado e carimbado por esse banco.
O Termo de Autorização deve ser entregue pelo vendedor ao comprador, que deve por sua vez entregá-lo no seu banco (que irá financiar a aquisição).
Caso se trate de uma Transferência de Crédito, deverá ser a mesma pessoa a contactar ambos os bancos.
Após a entrega do Termo de Autorização, o banco financiador solicitará ao banco no qual está constituída a hipoteca, o seu cancelamento que tem efeito a partir da data em que a escritura for acordada.
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Este protocolo tem como objetivo a agilização de processos, nomeadamente na transferência de hipoteca, no entanto há notas importantes a ter em conta:
A data de formalização do ato que resulta deste processo é meramente indicativa, contrariamente à indicada no distrate.
O prazo de 10 dias úteis de antecedência tem de ser respeitado, para o pedido SWIFT entre bancos.
Existem alguns bancos que aceitam o pedido de cancelamento de hipoteca ao abrigo deste protocolo, no entanto nem todos os bancos aderiram ao Protocolo APB.
Explicamos o que acontece quando não se confirma o IRS automático nem se entrega a declaração normal dentro do prazo. Fonte: Idealista News
Os contribuintes têm até 30 de junho para entregar a declaração anual de IRS ao Fisco, e o IRS automático é, para muitas pessoas, uma opção. Trata-se de uma declaração automática de rendimentos pré-preenchida pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) que pode ou não ser confirmada. Se o contribuinte não confirmar dentro do prazo (1 de abril a 30 de junho) a declaração provisória nem entregar através da internet uma declaração modelo 3, a AT converte-a automaticamente em declaração definitiva. Tens dúvidas? Explicamos tudo sobre o IRS automático.
Quem pode beneficiar do IRS automático?
Podem beneficiar da declaração automática de rendimentos – IRS automático – os contribuintes que em 2021 reúnam, cumulativamente, as seguintes condições:
Recebam rendimentos de trabalho dependente (categoria A) , com exclusão das gratificações não atribuídas pela entidade patronal [alínea g) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS]; e/ou
Recebam rendimentos de pensões (categoria H), com exclusão dos rendimentos de pensões de alimentos;
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Recebam rendimentos de prestações de serviços (categoria B), desde que também se verifiquem, em conjunto, as seguintes condições:
Estejam abrangidos pelo regime simplificado de tributação (artigo 31.º do Código do IRS);
Estejam inscritos na base de dados da AT a 31.12.2021 para o exercício, exclusivamente, de atividades constantes da Tabela de Atividades1 a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS, com exceção da atividade com o código 1519 «Outros prestadores de serviços»;
Emitam, exclusivamente, no Portal das Finanças, as correspondentes faturas, faturas-recibo e recibos no Sistema de Recibos Eletrónicos – SIRE [alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º do Código do IRS];
Recebam rendimentos tributados por taxas liberatórias (art.º 71.º do Código do IRS), mas que não optem pelo seu englobamento;
Obtenham rendimentos apenas em Portugal;
Sejam residentes em Portugal durante todo o ano;
Não detenham o estatuto de Residente Não Habitual;
Não usufruam de benefícios fiscais, com exceção dos benefícios da dedução à coleta do IRS de valores aplicados em planos de poupança reforma – PPR (capítulo II do Estatuto dos Benefícios Fiscais-EBF), dos donativos (regime fiscal do mecenato, capítulo X do EBF) e desde que não tenham dívidas em 31.12.2021 ainda por regularizar;
Não tenham pago pensões de alimentos;
Não tenham direito a deduções relativas a ascendentes que vivam em comunhão de habitação com o sujeito passivo;
Não tenham de declarar valores de benefícios fiscais que usufruíram e que agora têm de repor;
E não tenham deduções por:
Pessoas com deficiência;
Dupla tributação internacional;
Adicional ao imposto municipal sobre imóveis (AIMI).
O que acontece quando confirmo a declaração automática do IRS?
Com a confirmação a declaração automática do IRS considera-se:
Entregue pelo contribuinte;
Que a liquidação provisória se converte em definitiva;
Que os contribuintes ficam, desde logo, notificados da(s) respetiva(s) liquidação(ões) quando não haja lugar ao pagamento de imposto;
Que serão notificados quando haja imposto a pagar.
A declaração automática do IRS não dispensa os contribuintes da obrigação de apresentarem, quando solicitado pela AT, os documentos comprovativos dos rendimentos recebidos e de outros factos ou situações relevantes mencionadas na declaração
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O que acontece quando não se confirma a declaração provisória?
Se não confirmar dentro do prazo (1 de abril a 30 de junho) a declaração provisória nem entregar através da internet uma declaração modelo 3, e não esteja dispensado desta entrega, no final daquele prazo verifica-se o seguinte:
A declaração provisória converte-se em declaração definitiva e como entregue pelo contribuinte para todos os efeitos;
Os contribuintes casados ou unidos de facto serão tributados pelo regime de tributação separada;
A liquidação provisória converte-se em liquidação definitiva, não havendo lugar a audição prévia do contribuinte;
Na página pessoal do contribuinte serão disponibilizados no portal das Finanças os elementos informativos que serviram de base àquela liquidação.
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Os contribuintes, nesta situação, podem ainda apresentar uma declaração de substituição nos 30 dias seguintes à liquidação, sem qualquer penalidade.
O que fazer se os elementos constantes da declaração provisória não correspondam à situação tributária do agregado?
Caso os dados da declaração provisória do IRS não correspondam à tua situação tributária, designadamente à tua situação familiar em 31.12.2021, deves entregar uma declaração do IRS no site do portal das Finanças seguindo os passos: Entregar Declaração > IRS > Preencher.
O que fazer em caso de confirmação indevida da declaração automática de rendimentos?
Se confirmares indevidamente a declaração automática de rendimentos do IRS, deverás entregar uma declaração de rendimentos modelo 3 designada de substituição através do Portal das Finanças, no prazo fixado – 1 de abril a 30 de junho.
Não estou abrangido pelo IRS automático, o que devo fazer?
Se não estás abrangido pelo IRS automático e também não estás dispensado da entrega da declaração anual, de 1 de abril a 30 de junho deves, através do Portal das Finanças, submeter uma declaração modelo 3 seguindo os passos: Entregar Declaração > IRS > Preencher.
Taxas fixas, taxas variáveis, spreads, maturidade… Há um conjunto de termos a saber antes de contratar um crédito habitação. Fonte: Idealista News
Comprar casa com recurso a crédito bancário tem muito que se lhe diga. Desde logo, hoje o universo do crédito habitação está instável, com as taxas Euribor a subir e, por conseguinte, a agravar as prestações da casa dos créditos habitação com taxa variável. Mas o que é a Euribor? E um empréstimo com taxa de juro variável? A verdade é que na hora de pedir um crédito habitação deparamo-nos com um conjunto de novos termos que, por norma, não entram no nosso léxico diário, como é o caso das taxas de juro fixas e variáveis, spreads, maturidade, Euribor… Mas não te preocupes, porque neste artigo preparado pela Homing Real Estate para o idealista/news explicamos um por um e esclarecemos todas as dúvidas.
Maturidade do crédito habitação: o que significa?
Para os bancos a maturidade do crédito é, nada mais nada menos, que o termo técnico utilizado para definir a duração do empréstimo, isto é, o tempo necessário para amortizar o crédito contratado na totalidade.
Sobre este ponto há que tem em atenção que desde o passado dia 1 de abril de 2022 há novas regras sobre a maturidade nos pedidos de crédito habitação. Como anunciado em janeiro, o Banco de Portugal (BdP) apertou os critérios na concessão de crédito, impondo novos limites para os prazos máximos dos novos contratos, limite esse que tem por base a idade dos mutuários.
O prazo máximo possível para pagar o empréstimo da casa que é de 40 anos (atualmente em vigor), passa a ser aplicável apenas para quem tem até 30 anos, apontou o BdP. E à medida que a idade vai crescendo, vão diminuindo os prazos:
entre os 30 e os 35 anos a maturidade máxima do crédito será 37 anos;
acima dos 35 anos, a maturidade máxima baixa para os 35 anos.
O objetivo do regulador é que, até ao final de 2022, a maturidade média do conjunto de novos contratos de crédito habitação deva convergir, de forma gradual, para os 30 anos.
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E que influência tem a maturidade na prestação da casa?
Por norma, quanto mais curta for a maturidade – isto é, o prazo acordado com o banco para pagamento do crédito – mais elevada será a prestação da casa a desembolsar todos os meses. Isto porque o capital em dívida tem de ser saldado num período mais curto. De notar que ao capital em dívida acrescem ainda os juros, as comissões e os seguros.
Porém, quando o prazo é menor, o custo total do crédito também será menor, já que os custos do MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) baixam. Recorde-se que o MTIC engloba o capital, os juros, todas as despesas ligadas ao empréstimo, o que se vai pagar pelas avaliações, as escrituras, as comissões, o seguro de vida e o montante do seguro da habitação. Portanto, prazos menores tendem a ter MTIC´s mais baixos pois pagamos menos juros ao longo de toda a vida dos empréstimos, ainda que a prestação mensal da casa seja mais alta.
Isso mesmo é confirmado pelos especialistas do idealista/créditohabitação: “A redução do prazo do empréstimo também implica um menor custo com o mesmo, uma vez que amortizamos mais capital na prestação mensal e pagamos juros durante menos anos”.
De acordo com as contas dos mesmos especialistas, um titular do crédito com 35 anos ao pagar o empréstimo em 37 anos (em vez de 40 anos) vai ver a sua prestação da casa agravar em cerca de 7%, ou seja, mais 20,2 euros por mês, considerando um empréstimo para comprar casa de 120.000 euros, com uma TAN de 0,70%.
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O que é o spread? É possível ser negociado?
Segundo o BdP, o spread é “uma componente da taxa de juro, definida pelo banco, contrato a contrato, quando concede um empréstimo”, sendo que se mantém inalterado ao longo de todo o empréstimo. Por outras palavras, o spread é o lucro do banco quando concede um empréstimo.
Este valor é determinado pelo banco tendo em consideração vários fatores como:
a avaliação do perfil e a definição do risco de crédito do cliente;
o valor do empréstimo;
a relação entre o valor do empréstimo e a avaliação do imóvel a dar como garantia;
a contratação por parte do cliente de outros produtos comercializados pelo banco como seguros ou cartões de crédito.
Como varia de banco para banco, o spread pode e deve ser negociado. Atualmente a maioria dos bancos está a praticar uma taxa de spread abaixo dos 2%. Se vais contratar um empréstimo para comprar casa e o banco pede um valor superior, então tens aqui um bom argumento para a negociar.
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O que é a Euribor? Como afeta a prestação da casa?
Importa saber, desde logo, que aEuribor é um termo que agrega as palavras Euro Interbank Offered Rate. E trata-se das taxas de referência que resultam da média das taxas de juro dos empréstimos feitos entre bancos da Zona Euro, podendo haver alterações ao longo do empréstimo. Todos os dias úteis, às 11h00 hora central europeia, as taxas de juro Euribor são divulgadas e transmitidas a todas as partes participantes e à imprensa.
É aqui que entram as taxas fixas e variáveis de que já deves ter ouvido falar. Escolher uma taxa de juro fixa ou variável ao contratar um crédito habitação é uma das decisões mais importantes e, por isso, deve ser bem ponderada. Para te ajudar, explicamos em que consiste cada uma.
Taxa de juro variável e as taxas da Euribor
Se optares por uma taxa de juro variável fica a saber que esta resulta da soma de duas componentes: o indexante ou taxa de referência, que é a Euribor, e o spread. Neste caso podes escolher o prazo da Euribor que te parecer mais conveniente, sendo que os mais frequentes para o crédito habitação são as Euribor a 6 meses e a 12 meses, o que vai determinar a periocidade da revisão da tua prestação da casa que neste caso será atualizada semestral ou anualmente. Quando o valor da Euribor é revisto, a taxa de juro do empréstimo pode subir ou descer e essa subida ou descida vai refletir-se na prestação mensal.
A verdade é que as taxas Euribor têm estado voláteis desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro. Isto porque o conflito armado deu gás à inflação que já se fazia sentir desde o arranque de 2022, dando ainda mais motivos ao Banco Central Europeu (BCE) para subir as taxas de juros diretoras em 2022 – a primeira subida já está prevista para julho e antecipa-se que os juros deixem o terreno negativo em setembro.
Se as prestações da casa já estavam a sentir a subida das taxas de juro com as flutuações ascendentes da Euribor, depois deste aumento pelo regulador europeu irão sentir ainda mais. E o ministro das Finanças, Fernando Medina, já alertou que “o aumento das taxas de juro é um elemento de risco ao poder de compra das famílias”, nomeadamente as que estão a pagar créditos habitação.
De acordo com os especialistas do idealista/créditohabitação, “é previsto um aumento da Euribor ao longo do ano, com impacto gradual nos créditos habitação a decorrer”.
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Taxas fixas: um porto seguro para o crédito habitação?
Nos empréstimos contraídos com taxa fixa, os juros mantêm-se inalterados durante o prazo que tiver sido acordado com o banco. E, portanto, durante esse período a prestação mensal será sempre a mesma, independentemente das flutuações da Euribor.
De acordo com o BdP, em condições normais de mercado, a prestação de um empréstimo com taxa de juro fixa é mais elevada do que a prestação indexada à Euribor. Portanto, para teres segurança no empréstimo da casa terás de pagar uma prestação mais elevada, mas assim não serás surpreendido com uma subida repentina da prestação. Mas tem em mente que, se a Euribor descer, a prestação da casa não vai acompanhar essa descida.
Estes são alguns termos gerais e comuns a todas as instituições bancárias, mas nota que os valores, taxas, comissões e condições que cada banco pratica podem variar muito. Por isso, o melhor é pedir simulações e comparar as propostas de crédito habitação de vários bancos antes de tomar qualquer decisão.
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