Eduardo Consiglieri Pedroso é a cara da Médis, a seguradora saúde do Grupo Ageas Portugal que vai alargar serviços para além dos seus clientes. Explica como vai ser e porque acredita ser possível. Fonte: ECO Seguros
Eduardo Consiglieri Pedroso, Chief Healthcare Ecosystem Officer da Ageas Portugal: “A grande inovação foi a construção de uma rede de cuidados aberta a todos, independentemente de terem ou não seguro Médis”.
O administrador Eduardo Consiglieri Pedroso, Chief Healthcare Ecosystem Officer da Ageas Portugal, grupo que também inclui como seguradoras a Ocidental Vida, a Ageas Seguros e Seguro Directo, anunciou que vai alargar o atendimento a um público que não é cliente da companhia. Este alargamento confirma o interesse do grupo em, para além de financiador de saúde através dos seguros que faz, ser também um prestador de cuidados do setor privado, complementando o Serviço Nacional de Saúde.
Em entrevista a ECOseguros, dá a conhecer como a Médis quer montar um convívio entre os clientes e não clientes sem prejudicar ninguém.
O que quer dizer a criação de um novo sistema de saúde para todos? Apenas se refere à rede de clínicas? Está relacionado com seguros?
A criação de um novo sistema de saúde para todos significa uma transformação profunda no posicionamento da Médis. Deixámos de ser apenas uma seguradora dedicada ao financiamento da saúde para nos tornarmos um verdadeiro sistema de saúde disponível a toda a população. Isto vai muito além do seguro: atualmente, a Médis oferece diversos serviços de saúde digital e de proximidade, acessíveis mesmo a quem não tem seguro Médis. Exemplos disso são as teleconsultas através do Médico Online e as Clínicas Médis, que abrangem áreas como saúde oral, medicina física e de reabilitação (fisioterapia) e, em breve, gastroenterologia. Este novo posicionamento resulta de um trabalho intenso de reorganização e transformação, sempre com o objetivo de ajustar os nossos serviços às necessidades do sistema de saúde em Portugal.
A rede da Médis fica disponível a todos, mediante o pagamento do serviço?
É importante distinguir a rede exclusiva do seguro – composta por serviços de saúde e bem-estar acessíveis apenas a quem tem seguro, com financiamento ou preço convencionado pela Médis – e os serviços de prestação de cuidados de saúde proprietários, abertos a todos. Neste último caso, qualquer pessoa pode aceder à nossa rede proprietária, de quase 50 clínicas espalhadas pelo país, nas especialidades de saúde oral, medicina física e de reabilitação e gastroenterologia, mediante o pagamento do serviço. Só na saúde oral, atendemos cerca de 600 Clientes por dia, enquanto na medicina física e de reabilitação ultrapassamos os 4.000 clientes diários. É indiscutível que somos líderes de mercado nesta área. Nas teleconsultas, o nosso Net Promoter Score, indicador de satisfação, lealdade e recomendação, situa-se nos 90 pontos em 100, o que demonstra um nível de excelência. Qualquer pessoa, não Cliente do seguro, pode ter uma teleconsulta com a Médis em menos de 10 minutos e a aposta em soluções digitais como o Médico Online e a App Médis Active permite-nos escalar o acesso à saúde com rapidez, conveniência e segurança, reforçando a nossa vocação de proximidade.
O Grupo Ageas ou a Médis é detentor de todas as clínicas da rede ou há também acordos estabelecidos com empresas terceiras?
Mais uma vez, importa separar a rede do seguro da rede aberta a todos. Na rede exclusiva do seguro, a Médis atua essencialmente através de acordos de prestação, financiando consultas, exames e atos médicos realizados por terceiros. Já na rede aberta a todos, embora existam alguns acordos, é a própria Médis que presta diretamente os cuidados de saúde, assumindo-se como prestadora.
Antes da criação do sistema, a rede era exclusiva aos segurados?
Sim, antes desta transformação que se iniciou em 2018 com a abertura das Clínicas Médis, a marca funcionava exclusivamente como uma seguradora de saúde, o que significava que apenas os clientes com seguro tinham acesso à sua rede de prestadores e serviços. Ou seja, todo o ecossistema estava fechado aos segurados, não estando disponível ao público em geral. A grande inovação foi precisamente a construção de uma rede de cuidados aberta a todos, independentemente de terem ou não seguro Médis. Esta mudança permite agora que qualquer pessoa possa beneficiar dos serviços digitais oferecidos e das Clínicas Médis, afirmando a marca como um verdadeiro sistema de saúde acessível a todos os portugueses.
Qualquer pessoa pode ligar para a linha de atendimento da Médis para agendar uma consulta ou terá uma linha independente?
Neste momento, os serviços de aconselhamento e triagem clínica através da Linha Médis continuam a ser um benefício exclusivo para quem tem seguro Médis. No entanto, para o público em geral, ou seja, para quem não é segurado, existem alternativas igualmente acessíveis para marcação de consultas. Qualquer pessoa pode agendar consultas através dos sites [saude360.medis.pt ou clinicamedis.pt], bem como através da linha telefónica criada especificamente para dar resposta ao mercado aberto. Desta forma, garantimos que todos os portugueses têm acesso facilitado aos nossos serviços, independentemente de terem ou não seguro.
Os clientes com seguros terão atendimento preferencial?
No ecossistema de saúde Médis, segurados e todos os outros portugueses podem aceder de igual forma aos nossos serviços de saúde. Todavia, é verdade que os clientes com seguro beneficiam de algumas vantagens adicionais, que não de atendimento preferencial. Todo o nosso sistema foi desenhado para ser inclusivo e permitir que o próprio seguro de saúde se torne acessível a mais pessoas. Por exemplo, através da utilização da App Médis Active e da Carteira Virtual Médis, qualquer pessoa pode acumular saldo suficiente para adquirir um seguro de saúde Médis, tornando este benefício disponível a um número crescente de utilizadores. O objetivo é democratizar o acesso à saúde e, por isso, estamos comprometidos em promover a inclusão e o bem-estar de toda a população.
Porque decidiram avançar com a abertura do sistema a mais consumidores?
A decisão de abrir o sistema Médis a mais consumidores resulta de várias razões estruturais e sociais. Em Portugal, cerca de 30% da despesa em saúde é suportada diretamente pelas famílias, um valor muito superior à média da OCDE, que ronda os 20%. Além disso, a maior parte do financiamento público é naturalmente canalizada para o tratamento, especialmente num contexto de envelhecimento da população e aumento das doenças crónicas, o que coloca uma pressão acrescida sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Para que o SNS possa continuar a garantir uma resposta de qualidade, é fundamental que se concentre nos cidadãos mais carenciados e nas necessidades mais urgentes. Neste cenário, tanto o setor social como o privado têm um papel importante a desempenhar, em complemento ao serviço público, quer ao nível do acesso, quer na prevenção e promoção da saúde. É precisamente esse contributo que a Médis pretende dar, trabalhando ativamente para melhorar o acesso.
O que esperam obter desta nova aposta?
Além de melhorar o acesso, esta abertura permite à Médis contribuir, junto do público em geral, para a literacia em saúde, a prevenção de doenças e a promoção de estilos de vida saudáveis, áreas onde o setor privado pode ter um impacto transformador. Com esta nova aposta, a Médis pretende afirmar-se como um dos principais players de saúde e bem-estar em Portugal e ser reconhecida como uma marca familiar, responsável e parceiro de saúde de todos os portugueses.
Como garantem a continuidade de qualidade no serviço e atendimento? Não poderá aumentar o tempo de espera para aceder aos serviços de saúde?
A manutenção dos nossos elevados níveis de serviço é uma prioridade absoluta e inegociável. Não teríamos dado este passo de expansão sem a certeza de que conseguimos servir todos os nossos Clientes com a máxima qualidade. Toda a nossa estratégia de crescimento, baseada no modelo buy & build, foi planeada para dar resposta a esta exigência. Assim, estamos totalmente comprometidos em manter padrões de excelência no atendimento e assegurar que o tempo de espera para aceder aos nossos serviços de saúde não aumentará, continuando a garantir uma experiência positiva e eficiente para todos os utentes. Queremos ser o parceiro de saúde que inspira confiança, que cuida, que está próximo e presente, nos momentos que mais importam.
Taxa implícita no empréstimo da casa caiu para 3,385% em julho e a prestação média mantem-se estável, em 394 euros, revela o INE. Fonte: Idealista News
A taxa de juro implícita no crédito habitação em Portugal caiu para 3,385% em julho, confirmando a tendência de descida que se verifica desde o início do ano. Nos novos contratos de empréstimos para a compra de casa celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 2,951% em junho para 2,897% em julho, oferecendo condições mais favoráveis para quem procura financiamento habitacional.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelados esta terça-feira (dia 20 de agosto), a redução representa uma descida de 9,4 pontos base (p.b.) face a junho, enquanto a diminuição acumulada desde o máximo de janeiro de 2024 (4,657%) já ultrapassa os 127 pontos base. Nos contratos mais recentes, a descida é de 5,4 p.b. ao mês anterior, acumulando uma queda de 148,3 pontos base desde outubro de 2023.
Taxa de juro total volta a descer em julho
Para o destino de financiamento “Aquisição de Habitação”, o mais significativo no crédito habitação, a taxa de juro implícita total desceu para 3,377% (-8,9 p.b. face a junho), enquanto nos contratos dos últimos três meses atingiu 2,895%. Estes números refletem um cenário de juros mais baixos, que tem vindo a estimular a procura por habitação.
Relativamente à prestação mensal média, o INE indica que se manteve estável em 394 euros, idêntica ao mês anterior e 11 euros inferior face a julho de 2024. “Do valor da prestação, 202 euros (51%) correspondem a pagamento de juros e 192 euros (49%) a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 5 euros, fixando-se em 636 euros (subida de 3,9% face ao mesmo mês do ano anterior)”, lê-se no boletim.
Quanto ao capital médio em dívida, em julho subiu 593 euros face a junho, fixando-se nos 72.270 euros. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da dívida de quem pediu um empréstimo para comprar casa situou-se em 159.553 euros, mais 2.203 euros do que em junho.
A descida das taxas de juro implícitas continua a refletir a redução da Euribor e a crescente preferência por taxas mistas, tornando o crédito habitação mais acessível e previsível para os consumidores portugueses.
Comprar casa é um dos maiores compromissos financeiros de uma família. Aprende a juntar o dinheiro para o arranque este desafio. Fonte: Idealista News
Sonhas comprar casa, mas só de pensares no dinheiro que precisas de juntar para a entrada já ficas a suar? É normal — afinal, não estamos a falar de trocos.
Antes de te pores a pedir umcrédito habitação, tens de garantir uma parte do valor da casa do teu próprio bolso, exceto se fores um jovem até aos 35 anos e cumprires todos os requisitos para poder recorrer à Garantia Pública do Estado que permite um financiamento a 100%.
Caso contrário, é isso que os bancos exigem: uma parte do valor da casa, antes de te emprestarem o resto. Por isso, se estás a planear comprar casa nos próximos meses ou anos sem recorrer a ajudas, este é o momento certo para começares a poupar.
Antes de te preocupares com os documentos necessários para crédito habitação, precisas de perceber exatamente onde estás financeiramente. Isto significa olhar com atenção para o teu rendimento mensal, as despesas fixas e variáveis, e perceber quanto te sobra — ou não — no fim do mês.
Este é o passo zero para te preparares para dar entradapara uma casa. Ao conheceres a fundo o teu orçamento atual, consegues traçar uma estratégia realista para atingir o valor necessário.
Quanto mais cedo fizeres isto, mais tempo tens para te organizares e evitares apertos quando começares a tratar do crédito bancário para casa.
Definir um orçamento com metas realistas
Depois de analisares o teu ponto de partida, o próximo passo é montar um orçamento. Não precisa de ser complicado — basta definires quanto podes poupar por mês e durante quanto tempo.
Se precisares de juntar, por exemplo:
20.000€ para dar entrada num apartamento, e conseguires pôr de lado 500€/mês, vais precisar de 40 meses (cerca de 3 anos e 4 meses). É longo? Talvez. Mas é possível.
Para fazeres as contas com mais precisão, experimenta fazer algumas simulações de crédito habitação, perceber quanto vais precisar de pedir ao banco e que tipo de prestações podes esperar num empréstimo habitação.
Automatizar a tua poupança
Se dependes da força de vontade para poupar, vais acabar por falhar de vez em quando — e está tudo bem, somos humanos. Mas há uma forma de contornar isso: automatiza a tua poupança.
Assim que recebes o ordenado, programa uma transferência automática para uma conta poupança dedicada. Isso ajuda-te a manter o foco no teu objetivo: conseguir o valor necessário para o crédito de habitação, sem distrações.
E se a conta for separada da tua conta do dia a dia, melhor ainda — torna mais difícil cair em tentações.
Cortar nas despesas não essenciais
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Reduzir despesas pode ser chato, mas também pode ser libertador. A verdade é que muitos de nós gastam dinheiro em coisas que não fazem assim tanta falta: subscrições que já nem usamos, refeições fora quando podíamos cozinhar, ou aquele hábito diário de café e bolo que, ao fim do mês, pesa na carteira.
Cada euro poupado pode ir diretamente para a conta onde estás a juntar o dinheiro da entrada da casa. E quanto mais conseguires poupar agora, menos vais ter de pedir no crédito à habitação — o que significa prestações mais baixas e menos juros no futuro.
Fazer o teu dinheiro trabalhar por ti
Guardar dinheiro numa conta à ordem é seguro, mas não rende quase nada. E como vais precisar de poupar durante algum tempo para o financiamento da casa, porque não pôr esse dinheiro a render?
Podes, por exemplo, explorar opções como Certificados de Aforro, depósitos a prazo ou até um PPR (Plano Poupança Reforma) com possibilidade de resgate sem penalização. Tudo depende do teu perfil de risco e do prazo que tens até avançares com o crédito de habitação.
Ganhar dinheiro extra
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Nem sempre é possível poupar muito só com o salário, por isso procurar fontes de rendimento extra pode ser a solução. Podes vender roupa ou objetos que já não usas, dar explicações, fazer freelancer na tua área, ou até aceitar pequenos trabalhos pontuais — tudo conta.
Cada euro extra que entra pode ser canalizado para o fundo da casa, reduzindo a necessidade de pedir um crédito bancário para casa mais alto. E isso traduz-se em menos encargos mensais, menos juros e, muitas vezes, numa aprovação mais fácil do empréstimo habitação.
Manter a poupança separada e inacessível
Ter disciplina é importante, mas há truques que te ajudam a facilitar o processo. Um dos mais eficazes é manter a tua poupança para a entrada da casa numa conta separada — de preferência sem cartão associado. Isto torna mais difícil gastar o dinheiro por impulso e mostra ao banco que tens uma reserva bem definida.
E quanto mais conseguires poupar por conta própria, menos vais depender do crédito bancário para casa. Além disso, podes usar um simulador de crédito habitação para ver como diferentes montantes de entrada afetam o valor da prestação mensal. Vais ver que cada 1.000€ faz diferença.
Comparar bem os créditos habitação
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Não te prendas ao teu banco atual só por hábito — explora o mercado e pede simulações em vários sítios. Depois é hora de comparar as propostas e escolher o crédito à habitação mais vantajoso.
Um simulador de crédito para perceberes qual será a prestação mensal, o total de juros e as condições gerais. Leva em conta não só as taxas de juro, mas também os seguros obrigatórios, comissões e outros custos.
E antes de avançares, certifica-te de que tens todos os documentos necessários para crédito habitação organizados: comprovativos de rendimentos, IRS, extratos bancários, identificação, e documentos do imóvel, se já estiver escolhido. Quanto mais organizado estiveres, mais simples será o processo de empréstimo habitação.
Valor da entrada de uma casa: uma poupança a longo prazo
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Poupar para dar entrada para uma casa pode parecer difícil ao início, mas com estas estratégias e algum planeamento, é mais que possível. Vais precisar de disciplina e, por vezes, algum sacrifício, mas no fim vale a pena.
Se te preparares com calma, fores juntando passo a passo e comparares bem as opções, vais conseguir avançar para o crédito de habitação com confiança — e talvez até negociares melhores condições com o melhor banco para crédito habitação para o teu caso.
E lembra-te sempre: este artigo é informativo. Para decisões importantes como pedir um financiamento para casa, o ideal é falares com um especialista e analisares bem todas as tuas opções.
Fixar os juros no curto prazo dá prestações da casa mais baratas e estáveis. Incerteza poderá reforçar renegociações. Fonte: Idealista News
Hoje, a maioria das famílias que contrata a crédito habitação em Portugal recorre às taxas mistas, não só porque estão mais baratas, mas também porque oferecem estabilidade no curto prazo. O que se tem sentido no mercado é que as famílias estão mais ativas na gestão dos seus empréstimos da casa, renegociando os créditos recorrendo à taxa mista.
“Atendendo às atuais ofertas no mercado, a decisão por taxa mista significa conseguir uma estabilidade mais barata que a instabilidade”, começa por explicar Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/crédito habitação em Portugal. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) revelam isso mesmo: a taxa de juro média nas novas operações de crédito habitação a taxa mista foi de 2,95% em fevereiro, mantendo-se mais baixa do que os juros médios a taxa variável (3,45%) e a taxa fixa (3,60%) – embora com um diferencial cada vez menor.
“Atualmente, as taxas mistas ainda permitem aos clientes antecipar uma redução dos indexantes, além de permitirem usufruir de uma estabilidade nos primeiros anos dos créditos, uma vez que não se está exposto à volatilidade dos mercados”, refere ainda Miguel Cabrita. É precisamente por isso que 7 em cada 10 novos créditos habitação são contratados a taxa mista.
Taxas de juro no crédito habitação
O que também se tem sentido no mercado hipotecário é que as famílias estão mais atentas à evolução dos juros e disponíveis para renegociar o crédito habitação, procurando estabilidade nas prestações da casa nem que seja por dois ou três anos. Ou seja, há um número crescente de renegociações regulares do crédito habitação, ora passando de taxas variáveis para taxas mistas, ora voltando a fixar os juros na altura em que estava prevista a passagem para o período variável (e indexado à Euribor).
“As renegociações passaram a ser uma prática recorrente (…) optando por manter alguma estabilidade através da taxa mista”, comenta Tiago Vilaça, presidente da Associação Nacional dos Intermediários de Crédito Autorizados (ANICA), citado pelo Público. E, perante a alta concorrência, os bancos também estão hoje mais abertos renegociar os contratos de crédito habitação em vigor de forma a reter clientes.
Nos últimos meses, os montantes mensais de renegociações de crédito habitação têm rondado os 500 milhões de euros. E este valor poderá aumentar, uma vez que “a instabilidade geopolítica reforça a procura por soluções que ofereçam previsibilidade no curto prazo”, defende o presidente da ANICA, citado pelo mesmo jornal.
“Tendencialmente, quando se esbater a descida dos juros, as taxas mistas deixarão de ser financeiramente vantajosas no curto prazo face à variável, mas sim assumirão o seu papel de segurança para as famílias que não pretendam estar expostas ao mercado”, considera o responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal. Recorde-se que as taxas Euribor têm pouca margem para descer até ao fim do ano, rondando os 2%, dando menos impulso à redução das taxas mistas.
Valor do m2 de avaliação bancária na habitação ultrapassou os 1.800 euros pela primeira vez, revela o INE. Fonte: Idealista News
Estão a vender-se mais casas em Portugal e por preços bem mais elevados. E também se tem sentido um aumento da contratação de crédito habitação. Perante este cenário, os bancos residentes em Portugal estão a avaliar mais habitações e por valores mais altos. Em fevereiro, o valor mediano da avaliação bancária na habitação atingiu os 1.810 euros por metro quadrado (euros/m2), mais 16% face ao período homólogo. Este valor representa um novo máximo histórico.
“Em fevereiro de 2025, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.810 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 36 euros (2,0%) face a janeiro de 2025”, destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE) no boletim publicado esta quinta-feira, dia 27 de março. A nível geográfico, foi a Região Autónoma da Madeira que apresentou o aumento mensal mais expressivo (4%), não se tendo verificado qualquer descida.
Este valor de avaliação bancária na habitação apurado para fevereiro de 2025 é 16% superior face ao registado há um ano e constitui um novo máximo histórico – foi a primeira vez que ultrapassou a fasquia dos 1.800 euros/m2. Em termos homólogos, foi a Península de Setúbal (17,1%) que registou a “variação mais intensa” neste indicador, não tendo ocorrido qualquer descida.
Para apurar o valor mediano do m2 na habitação para a banca foram consideradas 35.095 avaliações em fevereiro de 2025 (22.862 apartamentos e 12.233 moradias), mais 23,9% que no período homólogo. Ainda assim, o INE revela que foram realizadas menos 0,5% avaliações bancárias face a janeiro.
Avaliação bancária da habitação: como evolui em Portugal
Valor por metro quadrado das avaliações bancárias de habitação (euros/m2)20192020202120222023202420259001 0001 1001 2001 3001 4001 5001 6001 7001 8001 9002 000Abr ’231 491Abr ’231 491
Apartamentos: avaliação superou os 2.032 euros pela 1ª vez
Também nos apartamentos foi registado um novo máximo no valor da avaliação bancária: atingiu os 2.032 euros/m2 em fevereiro, mais 16,7% face há um ano. “A Península de Setúbal apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,8%), tendo-se verificado no Alentejo a única descida (-0,6%)”, revela o instituto.
Comparativamente com janeiro de 2025, o valor de avaliação bancária dos apartamentos subiu 2,0%, registando o Algarve o maior aumento (2,5%) e o Oeste e Vale do Tejo o menor (0,9%).
Os valores mais elevados do m2 dos apartamentos para a banca foram observados na Grande Lisboa (2.699 euros/m2) e no Algarve (2.350 euros/m2). Já o valor mais baixo foi registado no Alentejo (1.272 euros/m2).
No conjunto de avaliações bancária dos apartamentos realizadas no mês em análise, as tipologias T1, T2 e T3 representam 92,1% do total. E ficaram mais elevadas:
Apartamentos T1: valor mediano subiu 70 euros, para 2.552 euros/m2;
Apartamentos T2: valor subiu 37 euros para 2.080 euros/m2;
Apartamentos T3: registou um crescimento de 35 euros para 1.801 euros/m2.
Foto de Masood Aslami no Pexels
Moradias: m2 ficou 9,5% mais caro e atingiu novo recorde
No caso das moradias, também se observou um aumento homólogo dom2 para os bancos de 9,5% para 1.347 euros/m2 em fevereiro de 2025, o que constitui um novo recorde. Foi a Região Autónoma da Madeira que registou o maior crescimento homólogo (17,6%), não se tendo registado qualquer descida.
Face a janeiro de 2025, o valor de avaliação bancária das moradias subiu 1,6%. “A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento mais elevado (5,0%), enquanto no Centro se registou a única descida (-1,0%)”, refere o INE.
Os valores mais elevados do m2 das moradias foram observados na Grande Lisboa (2.529 euros/m2) e no Algarve (2.448 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.019 euros/m2 e 1.098 euros/m2, respetivamente).
As tipologias T2, T3 e T4 representaram 88,7% das avaliações bancárias de moradias, tendo-se registado aumentos nos valores em todas:
Moradia T2: valor mediano aumentou 17 euros, para 1.322 euros/m2,
Moradias T3: valor subiu 10 euros, para 1.335 euros/m2;
Moradias T4: cresceu 56 euros, para 1.396 euros/m2.
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