BCE admite baixar as taxas no verão. E só aí é que as famílias vão sentir efeito maior na carteira, dizem especialistas. Fonte: Idealista News

Nos últimos meses, as taxas Euribor e as prestações da casa têm vindo a dar os primeiros sinais de descida, em reação à manutenção dos juros diretores desde outubro por parte do Banco Central Europeu (BCE) – que, pela terceira vez, decidiu deixar a taxa de refinanciamento nos 4,5% na reunião de política monetária realizada esta quinta-feira. E as boas notícias não ficam por aqui: também a inflação em Portugal continua a recuar, reduzindo o custo de vida e permitindo aumentar a poupança. Mas quando é que as famílias vão sentir mais alívio na carteira? Ao que tudo indica, tanto a Euribor como as prestações da casa só vão cair de forma mais expressiva, quando houver uma descida dos juros do BCE, que está prevista para o verão de 2024, muito embora esteja ainda dependente da evolução da inflação na Zona Euro, dos salários, bem como do desenrolar dos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente, que têm efeitos diretos na economia.

  1. Porque é que o BCE voltou a manter os juros?
  2. Euribor continua a descer e traz (ligeiro) alívio às prestações
  3. BCE vai descer os juros só no verão
    1. Qual será a dimensão dos cortes dos juros do BCE em 2024?
  4. Como vão evoluir as taxas Euribor quando houver descida dos juros do BCE?
  5. As próximas reuniões do BCE

Porque é que o BCE voltou a manter os juros?

Foi na reunião de política monetária de outubro de 2023, que o BCE decidiu interromper o ciclo de dez subidas consecutivas das suas taxas de juro diretoras, que havia sido iniciado em julho de 2022 em resposta à elevada inflação que se fazia sentir na Zona Euro (estava 8,9% nesse mês). E de lá para cá, a política monetária do regulador liderado por Christine Lagarde não se alterou: na reunião desta quinta-feira, dia 25 de janeiro, o BCE decidiu deixar os juros inalterados entre 4% e 4,75% até, pelo menos, dia 7 de março, data do próximo encontro entre líderes europeus.

Por detrás da manutenção dos juros diretores está, sobretudo, a clara descida da inflação na Zona Euro observada no último ano, que reflete a transmissão da política monetária mais restritiva para as economias europeias, abrandando o consumo e o investimento. Depois de ter atingido o pico de 10,6% em outubro de 2022, a inflação no espaço europeu tem vindo a cair gradualmente (embora de forma não linear), tendo chegado aos 2,4% em novembro e aos 2,9% em dezembro, segundo os dados do Eurostat. Em Portugal, a inflação caiu ainda mais: dos 10,1% em outubro de 2022 para 1,4% em dezembro de 2023, estando abaixo do objetivo dos 2% traçado pelo guardião do euro.

É por isso mesmo que o Conselho do BCE continua a considerar que “as taxas de juro diretoras estão em níveis que, se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial” para que a inflação regresse ao objetivo de médio prazo de 2%, o nível em que é assegurada a estabilidade de preços, volta a sublinhar em comunicado. Isto quer dizer que as taxas de juro diretores deverão permanecer nos atuais patamares mais alguns meses, até haver garantias de que a inflação estabiliza nos 2%. E significa também que os juros do BCE já atingiram o seu pico, não estando previstas novas subidas se não houver novos choques económicos, tal como confirmou Christine Lagarde no início deste ano.

Acontece que, apesar de os juros do BCE não estarem a aumentar, a política monetária continua de tal forma restritiva que está a enfraquecer a economia da Zona Euro, havendo baixas perspetivas de crescimento para 2024, com impacto no emprego, no consumo e até na confiança dos consumidores. É por isso mesmo que Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal, admite que “o abrandamento das principais economias europeias, bem como o seu impacto nos níveis de emprego, leva-nos a acreditar que a primeira redução dos juros do BCE está cada vez mais próxima”. As previsões de Lagarde apontam para que a primeira descida dos juros diretores se realize no verão deste ano.

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Euribor continua a descer e traz (ligeiro) alívio às prestações

A reta final de 2023 trouxe um ponto de viragem no que diz respeito à evolução das taxas Euribor – as taxas de referência mais utilizadas em Portugal nos empréstimos habitação a taxa variável e mista (em período variável). Depois de o BCE ter decidido manter a sua taxa de refinanciamento inalterada nos 4,5% nas reuniões de outubro e dezembro, as taxas mensais da Euribor logo reagiram e desceram ligeiramente, tendo a queda mais expressiva sido sentida no prazo mais longo:

  • Euribor a 12 meses: a média mensal desceu para 3,679% em dezembro, menos 0,343 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior (4,022%). Esta foi a terceira vez que a Euribor no prazo mais longo desceu no atual ciclo de subidas;
  • Euribor a 6 meses: esta taxa desceu 0,138 pontos para 3,927% em dezembro. A descida da média da Euribor a 6 meses em dezembro foi a segunda registada nos últimos dois anos;
  • Euribor a 3 meses: desceu ligeiramente em dezembro para 3,935%, menos 0,37 pontos percentuais face a novembro (3,972%). Esta foi a primeira queda da taxa mensal.

Muito embora as taxas mensais da Euribor estejam ligeiramente mais baixas em dezembro do que no mês anterior, a verdade é que tanto os juros, como as prestações da casa continuam a ser bem superiores face há um ano, segundo mostram as simulações do idealista/créditohabitação, tendo por base um novo empréstimo habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos:

  • Euribor a 12 meses: estava nos 3,005% em dezembro de 2022, um valor ainda acima da registada em dezembro de 2023 (3,679%). Assim, as prestações da casa nos novos créditos habitação assinados em janeiro deste ano situaram-se nos 776 euros, enquanto há um ano estavam nos 716 euros;
  • Euribor a 6 meses: esta taxa encontrava-se nos 2,560% há um ano, estando agora nos 3,927%. De acordo com as mesmas simulações, a prestação da casa em janeiro de 2024 foi de 798 euros, um valor acima do observado um ano antes (678 euros).

Apesar deste recente alívio nas taxas de juro prestações da casa na reta final de 2023 (e de os bancos estarem a oferecer spreads mais baixos), o Banco de Portugal (BdP) voltou a registar uma “ligeira diminuição da procura de empréstimos para aquisição de habitação”, também devido à confiança dos consumidores e às perspetivas para o mercado da habitação. E também continuaram em alta outras tendências já observadas no mercado que permitem escapar aos altos juros, como a transferência de créditos, a renegociações e ainda a adesão aos vários apoios públicos (como as amortizações antecipadas sem comissões, bonificação dos juros e ainda à fixação da prestação durante dois anos).

Mas há boas perspetivas para um futuro próximo: esta trajetória de ligeira descida das taxas Euribor está a continuar nos primeiros dias de janeiro de 2024, com os três prazos a manterem-se abaixo dos 4%. Em concreto, a Euribor diária a 12 meses tem estado a estabilizar nos 3,67% nos últimos dias, enquanto as taxas diárias dos prazos mais curtos estão em torno dos 3,9%. O impacto da nova manutenção dos juros do BCE nas taxas de juro “tende a ser positivo”, especialmente na Euribor a 12 meses”, enquanto nos prazos mais curtos a descida deverá continuar a ser menos expressiva, analisa Miguel Cabrita.  

Esta é uma boa notícia para quem tem crédito habitação a taxa variável (ou mista em período variável), já que nas próximas revisões as prestações da casa deverão descer, embora pouco. “Para quem procura comprar casa, esta também é uma boa notícia, uma vez que, no início do ano, já se verifica a maioria dos bancos reviram em baixa as suas ofertas de crédito habitação, uma tendência que esperamos que se consolide à medida que o ano avança”, acrescenta o especialista.

Prestação da casa em Portugal

Foto de RDNE Stock project no Pexels

BCE vai descer os juros só no verão

Pela terceira vez desde outubro, o BCE decidiu manter as suas taxas de juro diretoras inalteradas na primeira reunião de política monetária realizada em 2024. E embora não tenha discutido cortes dos juros em dezembro, Christine Lagarde já veio a público indicar que poderá haver reduções nas taxas de juro no verão de 2024 – e reforçou esta quinta-feira, que considera “prematuro” antecipar cortes dos juros para antes do verão. Isto porque, além de ter de confirmar que a inflação estabiliza em torno dos 2%, há outros indicadores que ainda não são conhecidos, como é o caso da evolução dos salários e o impacto nos preços da energia da evolução da guerra no Médio Oriente.

Esta ideia já havia sido reforçada pelos membros do BCE durante o Fórum Económico Mundial, em Davos, que decorreu na semana passada: são baixas as probabilidades de a instituição de Frankfurt relaxar a política monetária antes do verão, perante o atual contexto de crises múltiplas, com destaque para os preços da energia menos previsíveis no contexto da guerra entre Israel e o Hamas e a crise no Mar Vermelho, que também está a aumentar os custos dos transportes.

De qualquer forma, Miguel Cabrita acredita que se podem tirar duas conclusões do resultado da reunião do BCE realizada esta quinta-feira (dia 25 de janeiro): “A primeira confirma, sem dúvida, que a direção das taxas de juro no futuro próximo é descendente, indicando que o ponto mais alto da curva já ficou para trás. A segunda conclusão, que atualmente preocupa mais o BCE, está relacionada com o momento e a intensidade da descida das taxas. É evidente que ainda enfrentamos algumas pressões inflacionistas, sendo o receio predominante nos bancos centrais a redução das taxas para, posteriormente, terem de as aumentar”, sustenta ainda o responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal, que acredita que “se a economia continuar a enfraquecer e isso se refletir de forma definitiva nos preços, o BCE poderá até antecipar a medida antes do verão”.

Juros do BCE a descer

Christine Lagarde, presidente do BCEGetty images

E não é o único a apontar um corte nos juros do BCE antes do verão. “Apesar da manutenção deste tom assertivo por parte do BCE, os mercados financeiros já antecipam um primeiro corte nos juros ainda durante a primeira metade do ano, com quatro mais que se seguirão até ao final de 2024, num total de 150 pontos base”, destaca Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe, citado pela Lusa. Esta expetativa dos mercados financeiros é alimentada por projeções para a evolução da inflação, que deverá tocar nos 2% durante os próximos meses, e a necessidade de estimular o crescimento e contrabalançar riscos de recessão.

Esta posição também é partilhada por Peter Goves, responsável pela análise da dívida soberana dos mercados desenvolvidos na MFS Investment Management, que considera possível que os cortes nas taxas de juro possam ocorrer mais cedo. “Mantemos a opinião de que as fracas perspetivas de crescimento [económico], com atividade abaixo do potencial durante vários trimestres, aliadas à descida da inflação, farão com que os cortes possam ocorrer mais cedo ou mais tarde”, afirma o gestor, embora enfatize que o momento exato será dependente dos dados.

Mas também há especialistas que consideram os primeiros cortes dos juros do BCE só vão avançar em meados de 2024. É o caso dos analistas da Ebury, que acreditam que a possibilidade de um corte nas taxas em abril é um cenário “cada vez mais improvável”. E os especialistas do Bank of America reiteram a sua previsão de um primeiro corte dos juros diretores em junho, embora apontem para “ações mais rápidas a partir de então, dependendo da desinflação”.

Para os analistas do Bankinter, o BCE está a empurrar os primeiros cortes dos juros para o verão de forma a “arrefecer” o mercado. Até porque há dois grandes fatores que preocupam o regulador europeu, uma vez que podem tocar na evolução da inflação no médio prazo. É o caso da evolução dos salários e ainda do desenvolvimento da crise no Mar Vermelho, que “se forçar a navegação em torno de África, resultará em custos logísticos mais elevados e graves estrangulamentos”.

Prestação da casa a descer

Foto de Fox no Pexels

Qual será a dimensão dos cortes dos juros do BCE em 2024?

Ao que tudo indica, os primeiros cortes dos juros do BCE poderão ocorrer só no verão de 2024. E há ainda outra questão a considerar: qual é a dimensão desta redução futura das taxas diretoras e em que ritmo irá ocorrer? Sobre este ponto, há especialistas que antecipam que haverá dois ou três cortes ao longo do ano, enquanto outros acreditam que poderá haver quatro descidas.

Para Alberto Valle, diretor da consultora financeira Accuracy, o BCE vai avançar com um ou dois cortes de taxas em 2024, desde que a inflação caia abaixo de 3% de forma consistente. E o economista-chefe da AXA Investment Managers, Gilles Moëc, acredita que haverá três cortes de 25 pontos base durante 2024, o que deixaria o preço do dinheiro em 3,75% no final do ano.

Esta é também a previsão da agência de notação de crédito Standard & Poor’s, que estima que, a partir do segundo semestre, o BCE irá avançar com com três cortes de taxas de 25 pontos base cada (75 pontos base no total) – esta estimativa está em linha com a dos economistas do Deutsche Bank. Por seu turno, a empresa de investimentos Renta 4 perspetiva quatro reduções dos juros em 2024, que perfazem um total de 100 pontos base.

Redução dos juros do BCE

Foto de Tima Miroshnichenko no Pexels

Como vão evoluir as taxas Euribor quando houver descida dos juros do BCE?

Agora, as taxas Euribor já começam a dar os primeiros sinais de descida, mas continuam altas – acima dos 3,5%. Os especialistas antecipam que só depois de o BCE avançar com os primeiros cortes de juros é que se poderá observar maiores descidas da Euribor – sobretudo a 3 e 6 meses, que têm experimentado diminuições mais tímidas até agora. A Euribor com prazos mais curtos não deverão ter uma “redução substancial até que as alterações nas taxas de referência do BCE se materializem”, prevê Miguel Cabrita. E não se espera que os juros no crédito habitação a taxa variável caiam rapidamente ao longo deste ano, pelo menos, não ao mesmo ritmo com que subiram.

Portanto, as taxas Euribor deverão continuar a recuar em 2024 acompanhando “uma mudança na trajetória dos juros”, disse à Lusa Henrique Tomé, analista da XTB, dando nota que a evolução destas taxas de referência não são só influenciadas pelas decisões do BCE, mas também pela inflação, conjuntura económica e pela descida dos juros da dívida soberana. Contudo, avisa que “estas perspetivas podem mudar rapidamente se houver mudanças na trajetória da inflação ou de outros indicadores económicos que possam levar o banco central a refletir sobre a sua estratégia de política monetária“.

Também Mário Martins, analista da ActivTrades, acredita que será provável que a Euribor a 6 meses termine este ano entre os 3,25% a 3,50%”, senão ocorrer “algo inesperado, que reverta o caminho de normalização da inflação para o nível desejado dos 2%, o que iria suspender este alívio”. Num cenário em que a economia da Zona Euro abrande de forma mais significativa, Mário Martins antecipa que a Euribor a 6 meses pode acabar 2024 entre os 2,75% e os 3%.

Por seu turno, a Fundação Caixa Económica (Funcas) e o CaixaBank estimam que no final do ano a Euribor a 12 meses rondará os 3%, enquanto o Bankinter acredita que cairá menos, até ao final de 2024, próximo de 3,25% e atingirá 2,75% em 2025.

Portanto, segundo as simulações do idealista/créditohabitação, se a Euribor descer para 3,5% em 2024, significa que as prestações da casa nos novos empréstimos da casa de 150.000 euros (com spread de 1% e prazo de 30 anos) poderão descer para cerca de 760 euros – o nível em que estavam na primavera de 2023. Se a Euribor cair para 3,25%, as prestações da casa ficariam em torno dos 730 euros. E no caso de a taxa descer mesmo para 3%, as prestações fixar-se-iam nos 715 euros durante os primeiros meses do contrato.

Assim, a descida progressiva da Euribor ao longo de 2024 – e sobretudo depois do BCE avançar com os primeiros cortes os juros – vai ter impacto nos novos créditos habitação a taxa variável. E por isso mesmo o BCE espera que haja um aumento dos nopedidos de crédito habitação por parte das famílias europeias no primeiro trimestre de 2024, algo que já não acontecia há dois anos.

Já nos créditos habitação existentes, a descida da Euribor vai ser sentida só quando as prestações da casa forem atualizadas. “Para os portugueses com crédito habitação de taxa variável, sobretudo aqueles com revisões a partir de abril, vão começar a sentir os efeitos da diminuição na Euribor. Já os que têm revisão na segunda metade do ano, observarão uma redução mais expressiva nas suas prestações mensais”, prevê ainda Miguel Cabrita. Há, contudo, famílias que vão ter de esperar mais tempo para sentir este alívio: por exemplo, quem tem crédito à habitação indexado à Euribor a 12 meses cuja prestação renovou em novembro passado, à volta dos 4%, terá de esperar por novembro de 2024 para que a prestação seja revista em baixa.

Euribor a cair

Foto de Jack Sparrow no Pexels

As próximas reuniões do BCE

O Conselho do BCE reúne-se aproximadamente de seis em seis semanas. Este é o calendário das próximas reuniões de política monetária do guardião do euro, nas quais vai anunciar as suas decisões sobre as taxas de juro diretoras:

  • 7 de março de 2024
  • 11 de abril de 2024
  • 6 de junho de 2024
  • 18 de julho de 2024
  • 12 de setembro de 2024
  • 17 de outubro de 2024
  • 12 de dezembro de 2024
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