O crescimento digital está a mudar, não apenas a forma como o mercado comercializa seguros, mas também os hábitos de consumo, as formas de interação e até a organização do trabalho. Confira este artigo do Jornal de Negócios.

“Não diria que a crise da covid-19 levou a uma aceleração da digitalização, mostrou quem tinha investido na digitalização, e na interação digital com os stakeholders. A crise foi mais uma aceleradora de utilização do que de transformação”, afirma Ângelo Vilela, diretor do Digital Grupo Ageas Portugal, acrescentando que a digitalização e o digital “são processos irreversíveis”.

“A tendência será para acelerar ainda mais o investimento na digitalização, ecossistemas e comércio eletrónico. Globalmente, esta crise irá marcar um ponto de mudança no comportamento dos consumidores e das empresas”, considera Ângelo Vilela. Por sua vez, Marcos Perestrelo, Chief Technology Officer da i2S, sublinha que se “forem formados novos hábitos, estamos perante um evento que pode ser determinante para catapultar as seguradoras, enquanto empresas e enquanto prestadoras de um serviço, para processos 100% digitais”.

“No setor segurador, o crescimento digital está a mudar, não apenas a forma como o mercado comercializa seguros, mas também os hábitos de consumo e formas de interação”, diz Alexandre Ramos, membro da Equipa Executiva e WEM Technology Leader da Liberty Seguros. Acrescenta que “os investimentos em tecnologia feitos, nos últimos anos, pelo setor segurador na digitalização permitiram que as empresas acelerassem a sua adaptação a este modelo eletrónico, digital e simplificado”.

Microsseguros

No atual contexto, “é quase certo que os seguros de saúde irão registar uma maior procura”, afirma Alexandre Ramos. Adianta que “existe um claro shift de necessidades que esta pandemia nos força a acelerar, nomeadamente ao nível dos modelos de serviços por consumo, por necessidade pontuais, dos microsseguros, ativos quando necessitamos e durante o tempo que precisamos. Por isto, e muito mais, a tecnologia reforçou o seu papel preponderante na construção no futuro muito próximo”.

“Só os ramos já muito digitais se poderão manter perto dos seus modelos pré-covid, dado que a cadeia toda tem sido afetada, quer na distribuição quer na assistência”, assinala Marcos Perestrelo. “Independentemente das mudanças forçadas, o que me parece mais efetivo é se as empresas conseguem aproveitar este momento para acrescentar valor pela via digital e o ramo saúde é bom exemplo, em que as consultas virtuais podem responder a muitos casos em que antes seria necessária uma logística física.”

Nos ramos reais e para riscos associados aos acidentes de trabalho, multirriscos, acidentes pessoais poderá haver “uma oportunidade relacionada com os padrões que as empresas vão assumir após a covid dado o impacto do teletrabalho, em que transferimos riscos para os nossos lares que antes eram registados maioritariamente no escritório”, aduz Marcos Perestrelo.

A Liberty tem envolvido os clientes e mediadores no processo de digitalização, para proporcionar a informação necessária de forma clara, simples e sempre acessível. Nesse sentido, Alexandre Ramos aponta a iniciativa estratégica de criação de um ecossistema totalmente cloud based, com acesso a soluções PaaS (Platform as a Service) e SaaS (Software as a Service) para suportar jornadas totalmente digitais com os clientes e parceiros, “permitindo que a Liberty se posicione na liderança digital nos seguros na Europa”. Por sua vez, a Ageas salienta que “na relação com os distribuidores já estávamos bastante avançados de interação digital, e vamos em breve dar passos decisivos na melhoria das nossas plataformas”, diz Ângelo Vilela.

Ao lado dos clientes

“Mais do que uma empresa de resolução de sinistros, procuramos estar presentes em todos os momentos da vida dos clientes. Fomos a primeira seguradora em Portugal a disponibilizar, em 2018, o atendimento por WhatsApp, que tem crescido como um canal ágil para nós e para os clientes”, refere Alexandre Ramos.

Suportados em tecnologia, a Ageas também tem como estratégia “ir além dos seguros, por forma a estarmos mais presentes na vida dos clientes. As nossas escolhas estratégicas respondem às principais preocupações dos portugueses: a saúde, o envelhecimento e a habitação”.

Ângelo Vilela chama a atenção do impacto desta crise na organização do trabalho e na mudança radical do conceito de workplace “com menos pessoas a frequentar o mesmo espaço, mas a trabalhar de um modo mais colaborativo e interativo, com mais liberdade e mais responsabilidade”.

João Gonçalves, diretor de sistemas de informação e novas tecnologias da Prévoir-Vie, diz que a forte crise económica depois da crise sanitária, com a contração no consumo, terá impacto nas carteiras. “O desafio será encontrar, em tempos de recessão, a fórmula certa para conseguir manter o investimento numa contínua evolução das suas soluções tecnológicas.”

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